Estudantes da rede pública se preparam para desafio nacional de matemática – Secretaria de Estado de Educação

Alunos da rede pública do Distrito Federal participam, na próxima terça-feira (3), da primeira fase da 20ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), considerada a maior competição estudantil do país. Voltada para estudantes do ensino fundamental e médio, a prova é promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e tem como objetivo estimular o interesse pela matemática, identificar talentos e ampliar oportunidades acadêmicas para alunos da educação básica.
A OBMEP representa uma oportunidade única para nossos estudantes demonstrarem seu potencial em matemática e abrirem portas para o futuro acadêmico e profissional” “, afirma a subsecretária de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF, Iêdes Soares Braga. “Nossos resultados em 2024 mostram que estamos no caminho certo, mas sabemos que podemos alcançar ainda mais estudantes e desenvolver novos talentos.”
Os resultados da edição anterior mostram o crescente envolvimento das escolas públicas do DF com a olimpíada. Em 2024, a rede teve 9,7 mil estudantes classificados para a segunda fase, conquistando 91 medalhas nacionais e 273 medalhas estaduais. Ao todo, 17 escolas e 18 professores foram premiados, fortalecendo o papel da OBMEP como ferramenta de valorização do ensino e descoberta de jovens talentos na rede pública.
Histórias de sucesso inspiram novos participantes
Entre as escolas que se destacam está o Centro de Ensino Fundamental (CEF) 201 de Santa Maria, que conquistou o primeiro lugar no ranking de medalhas no DF em 2024, com três medalhas de ouro e uma de prata. O sucesso da instituição é resultado de um trabalho coordenado que envolve toda a comunidade escolar.
“O mais importante é que todos abracem a causa: gestão, professores, alunos. Quando todos trabalham juntos por um objetivo comum, tudo flui melhor”, explica a diretora da escola, Dayse Cristina Salazar.
O coordenador pedagógico Hélio Carneiro Ferreira, que atua na organização da OBMEP na escola desde 2009, destaca a importância do trabalho contínuo de sensibilização. “Nosso trabalho é motivar os alunos e mostrar histórias reais de sucesso. No próprio site da OBMEP há vários relatos inspiradores, que compartilhamos com eles como forma de mostrar um mundo de possibilidades que pode se abrir”, relata Hélio Carneiro. O professor ressalta ainda a riqueza do material disponível. “O site oferece material didático excelente, com provas anteriores resolvidas e vídeos explicativos. Se os professores incentivarem o uso e os alunos se dedicarem, as chances de sucesso aumentam muito”, diz.
Novas perspectivas
Foto 1: Arthur e Pedro, de 13 anos, participam do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) | Foto: André Amedoeira, Ascom/SEEDF
Pedro Vitor Fernandes Soares, de 13 anos, estudante do 8º ano, conquistou medalha de ouro nacional em 2024 e hoje participa do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC). Seu interesse pela olimpíada começou ainda no 5º ano, motivado pelos benefícios que a competição oferece.
“Eu me interessei muito pelos benefícios, pela bolsa, pelas viagens. Achei muito interessante porque no fundamental já ter tantas oportunidades boas, eu pensava que oportunidades como essa iam aparecer só depois do ensino médio”, conta Pedro, que pretende usar a medalha como diferencial para ingressar em uma boa universidade, com o sonho de cursar medicina.
Para a preparação, o estudante desenvolveu uma metodologia própria. “Tem um método que achei muito bacana, que é o TNA – teste de nível atual. Você vai pegando as provas anteriores, coloca um cronômetro com o mesmo tempo da prova e vai fazendo. As que você acerta, deixa para lá; se você erra, tira dúvida e refaz, porque você vai melhorar seus erros.”
O colega Arthur Marques Souto, 13 anos, e medalha de prata nacional, encontrou na OBMEP uma nova motivação para os estudos. “Antes eu não gostava muito de estudar. Estudava por necessidade, não gostava nem de olhar para os livros. Depois mudou. Agora está muito mais fácil estudar para as matérias, revisar conteúdo. Essas olimpíadas contribuíram muito para isso”, revela Arthur, que pretende cursar mecatrônica.
Porta de entrada para o ensino superior
A OBMEP consolidou-se como importante via de acesso ao ensino superior. Estudantes premiados com medalhas nacionais garantem vaga no PIC, que oferece aulas avançadas de matemática e bolsa de R$ 300 do CNPq para alunos de escolas públicas.
Além disso, o IMPA Tech reserva 80% das vagas para medalhistas em olimpíadas científicas, enquanto outras universidades públicas como USP e Unicamp também adotaram vagas específicas para esses estudantes.
Programação
A olimpíada será aplicada em duas fases: a primeira nesta terça-feira (3) e a segunda em 25 de outubro. Os vencedores serão anunciados em 22 de dezembro.
A competição é dividida em três níveis: Nível 1 (6º e 7º anos do Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos do Ensino Fundamental) e Nível 3 (Ensino Médio). Escolas como CEF Polivalente e CEF 04 de Brasília destacam-se por terem medalhas nos níveis 1 e 2, enquanto CEM Setor Leste e CEM 414 de Samambaia têm conquistas principalmente no Nível 3.
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